Previdência Social
O governo Roosevelt instituiu no inicio
da década de 1930 um primeiro programa embrionário de “Social Insurance” que
iria levar pouco a pouco ao atual sistema de “Social Security”. Vários setores
na época acusaram Roosevelt de estar tentando envenenar os EUA com
“socialismo”. Mas na verdade o programa era muito limitado para os padrões
atuais e uma tentativa para diminuir o sofrimento entre idosos, desempregados,
viúvas, órfãos, etc. Mesmo assim muitos grupos como a maioria da mulheres e
minorias foram excluídos no inicio para só serem incluídos pouco a pouco. As
mudanças na Seguridade Social americana foram (e são) no sentido de se
conseguir um maior igualitarismo entre os diversos grupos sociais.
No Brasil, apesar de tentativas tímidas
a partir da década de 1920, somente em 1933 com a criação dos Institutos de
Aposentadorias e Pensões é que esta ideia começa a tomar real forma até se
consolidar na década de 1960 com a criação do INPS e de lá para cá outras
mudanças ocorreram como a criação do INSS e a nossa Seguridade Social passou a abranger
as aposentadorias, pensões, auxílio-doença,
salário-maternidade, salário-família, auxílio reclusão, SUS (Sistema Único de
Saúde), etc.
Os problemas da nossa Seguridade são
semelhantes aos de outros países. No inicio, a expectativa de vida do
brasileiro era de 43 anos e as famílias tinham muitos filhos. Hoje com uma vida
média de quase 70 anos e o envelhecimento da população, a relação
contribuinte/beneficiário diminuiu de 8 para 1,2. Não é de surpreender que
existam problemas. Para gravar a situação problemas de corrupção são
sistematicamente expostos pela imprensa. No final das contas se estima como
sendo de R$ 50 bilhões a diferença entre o que o governo paga e o que arrecada
e isto é dado o nome de “rombo”. Certamente um choque de gestão melhoraria esta
situação mas mesmo assim mudanças se fazem necessárias. Um aumento no tempo de
contribuição e no valor da contribuição tem sido a solução encontrada mundo afora.
Aqui no Brasil em 1998, passou a ser exigida uma
idade mínima para a aposentadoria, que, no caso das mulheres, é de 55 anos e do
homem, 60 anos. Anteriormente não existia este limite de idade. Certamente
mudanças virão pois o risco de colapso do sistema é grande. O debate importante
para toda a sociedade brasileira é que se o governo pedir sacrifícios para a
população que também existam contrapartidas de melhoria gerencial no sistema.
Este debate será um dos principais temas políticos e sociais nos anos que
virão. A pergunta que teremos que responder é que tipo de Seguridade Social
pretendemos ter dentro das nossas possibilidades!
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