Já passou da hora
Já nas antigas Assíria
e Babilônia existiram as raízes de um sistema bancário embrionário. Isto há
mais de 4.000 anos atrás! Os “bens depositados” eram grãos e barras de ouro e
prata, etc. Mais tarde na Grécia e em Roma, templos forneciam empréstimos e trocavam
moedas das diferentes áreas do Mediterrâneo. Um desenvolvimento semelhante
ocorria na Índia e na China. O papel moeda começa sua trajetória na China mais
de meio milênio atrás. O livro das viagens de Marco Polo fala sobre isso. Um
sistema bancário mais reconhecível no sentido moderno toma forma no norte da
Itália a partir do renascimento. O banco Médici se estabelece em 1397 e as
famílias Bardi e Peruzzi foram dominantes na Florença do século 14. Este
sistema bancário renascentista se espalhou pela Europa até que importantes
inovações ocorreram na Holanda no século 16 e na Inglaterra no século seguinte.
Este sistema se manteve intacto até o século 20 quando os avanços na área de
computação e comunicações possibilitaram aos bancos se tornarem entidades não
só nacionais como internacionais. Uma economia moderna não pode prescindir de
um sistema financeiro ágil. Escrevo estas breves considerações após uma
reflexão durante visita à agência local do banco onde tenho conta. O sistema é
moderno, posso dizer com conhecimento de causa, que é tão moderno quanto em
qualquer país desenvolvido. Os funcionários são atenciosos e solícitos, eu
diria que além do possível. Mas pode-se constatar que existe uma saturação na
agência e que muitas pessoas são de outras partes da cidade. Com isto temos
demora nas filas, funcionários sendo demandados por vezes em excesso. Muitas
vezes não nos damos conta de como é extenuante e cansativo o trabalho dos
bancários. Entramos numa agência pensando em resolver nossos próprios problemas
e não percebemos isto. Mas isto não diminui o fato de que o tempo que ficamos a
esperar o atendimento também poderia ser utilizado para outros fins, isto sem
contar com o tempo adicional de deslocamento, indo e voltando da agência. Paro
para pensar e refletir: vivemos numa cidade que talvez não seja uma grande
capital, mas certamente não somos nenhuma pequena vila perdida no meio do nosso
tão querido Pampa. Com todo o impulso que a presença de um banco pode trazer,
fico a perguntar se já não seria hora de termos mais duas ou três agências de
bancos espalhadas na cidade, pois temos muita concentração dos mesmos no
Centro. Uma agência na Santa Tecla, com o número de negócios lá existente,
seria mais do que bem-vindo. Bairros de perfil populacional seriam também
certamente candidatos. Nossa Bagé tem crescido e diversificado e a instalação
de novas agências ajudaria a desafogar o trânsito no centro onde nos últimos
tempos tem se tornado uma tortura achar uma vaga de estacionamento. Deixo aqui
a esperança de que este artigo possa ser lido por alguém com poder de decisão
suficiente para dar inicio a este processo.
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