domingo, 14 de abril de 2013

Já passou da hora - Folha do Sul / 15.Out.2012

Já passou da hora
Já nas antigas Assíria e Babilônia existiram as raízes de um sistema bancário embrionário. Isto há mais de 4.000 anos atrás! Os “bens depositados” eram grãos e barras de ouro e prata, etc. Mais tarde na Grécia e em Roma, templos forneciam empréstimos e trocavam moedas das diferentes áreas do Mediterrâneo. Um desenvolvimento semelhante ocorria na Índia e na China. O papel moeda começa sua trajetória na China mais de meio milênio atrás. O livro das viagens de Marco Polo fala sobre isso. Um sistema bancário mais reconhecível no sentido moderno toma forma no norte da Itália a partir do renascimento. O banco Médici se estabelece em 1397 e as famílias Bardi e Peruzzi foram dominantes na Florença do século 14. Este sistema bancário renascentista se espalhou pela Europa até que importantes inovações ocorreram na Holanda no século 16 e na Inglaterra no século seguinte. Este sistema se manteve intacto até o século 20 quando os avanços na área de computação e comunicações possibilitaram aos bancos se tornarem entidades não só nacionais como internacionais. Uma economia moderna não pode prescindir de um sistema financeiro ágil. Escrevo estas breves considerações após uma reflexão durante visita à agência local do banco onde tenho conta. O sistema é moderno, posso dizer com conhecimento de causa, que é tão moderno quanto em qualquer país desenvolvido. Os funcionários são atenciosos e solícitos, eu diria que além do possível. Mas pode-se constatar que existe uma saturação na agência e que muitas pessoas são de outras partes da cidade. Com isto temos demora nas filas, funcionários sendo demandados por vezes em excesso. Muitas vezes não nos damos conta de como é extenuante e cansativo o trabalho dos bancários. Entramos numa agência pensando em resolver nossos próprios problemas e não percebemos isto. Mas isto não diminui o fato de que o tempo que ficamos a esperar o atendimento também poderia ser utilizado para outros fins, isto sem contar com o tempo adicional de deslocamento, indo e voltando da agência. Paro para pensar e refletir: vivemos numa cidade que talvez não seja uma grande capital, mas certamente não somos nenhuma pequena vila perdida no meio do nosso tão querido Pampa. Com todo o impulso que a presença de um banco pode trazer, fico a perguntar se já não seria hora de termos mais duas ou três agências de bancos espalhadas na cidade, pois temos muita concentração dos mesmos no Centro. Uma agência na Santa Tecla, com o número de negócios lá existente, seria mais do que bem-vindo. Bairros de perfil populacional seriam também certamente candidatos. Nossa Bagé tem crescido e diversificado e a instalação de novas agências ajudaria a desafogar o trânsito no centro onde nos últimos tempos tem se tornado uma tortura achar uma vaga de estacionamento. Deixo aqui a esperança de que este artigo possa ser lido por alguém com poder de decisão suficiente para dar inicio a este processo.

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