Os
Exemplos
Seria muita
hipocrisia pensar em uma sociedade livre de corrupção. Em diferentes graus,
existem desvios de conduta administrativa em todos os governos. Não apenas em
governos como também nos negócios privados. Para não ficarmos nos "casos
locais", poderíamos citar a empresa Enron nos Estados Unidos. Assim
portanto a existência de corrupção seria inerente em todas as sociedades. Já os
antigos romanos nos deixaram em seus textos situações de má conduta na gestão
dos negócios públicos. Alias a Antiga Roma faria Brasília e Washington
parecerem amadores neste tipo de "negócio".
Mas se a
presença da corrupção é inerente e natural por sermos humanos e falíveis, todos
nós, com defeitos e virtudes, tudo isto embrulhado junto, temos a questão:
como minimizar esta praga, verdadeira
doença das sociedades organizadas? Como diminui-la para podermos ter uma
convivência mais harmoniosa sem crises institucionais? A resposta a esta
pergunta, tal qual a Esperança da Caixa de Pandora, está a fazer o seu ruído
nas paredes da caixa e a dizer: me deixem sair, para poder assim se não
eliminar este problema, pelo menos irei minimiza-lo. A Esperança é na verdade a
consciência da cidadania, algo que deve estar presente em cada membro da
comunidade.
Os corruptos
sabem as regras do jogo, e na verdade jogam dentro destas regras. Se estas
regras forem lenientes, terão terreno firme para agirem. A necessidade de
repressão a este tipo de atividade, em todos os níveis de governo, se torna
assim prioridade em qualquer sociedade que se diga civilizada e amante da lei.
Certamente o ladrão irá tomar muito mais cuidado e não roubar tanto se souber
que a policia está vigilante, mais ainda, se os cidadãos alertam a policia para
onde eles estão.
Este é portanto
o exemplo a ser dado. Não de elementos com discurso vazio que na verdade eles
próprios tem uma maneira de agir totalmente diferente da esperada. Nada podemos
esperar destes elementos, tudo prometem e nada fazem, a não ser para eles
mesmos. O exemplo tem de vir da comunidade, dos cidadãos, das instituições,
para assim coibirem os ladrões, não só dos recursos da sociedade, mas
principalmente ladrões das esperanças daqueles que trabalham duro para fornecer
estes mesmos recursos que, sem esta vigilância, são tão facilmente surrupiados.
O
exemplo deve vir assim de todos nós, do mais humilde ao maior dirigente:
precisamos mostrar e demonstrar que chega de banditismo nas esferas de governo,
que queremos um pais honrado e decente, que queremos um pais que possamos olhar
uns nos olhos dos outros e termos orgulho dele.
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