segunda-feira, 10 de junho de 2013

Precisamos Salvar Nosso Futuro - Folha do Sul / 10.Junho.2013



 Precisamos Salvar Nosso Futuro!

Já nas sociedades antigas temos a presença de drogas! A Bíblia descreve o episódio em que Noé se embriaga com o vinho de parreiras plantadas por ele mesmo. Drogas alucinógenas fizeram parte de todas as sociedades antigas. Fungos alucinógenos eram usados pelas sociedades da Meso-américa. As pitonisas da Grécia aspiravam alguma forma de fumaça para atingir uma especie de transe. E assim por diante, poderíamos descrever toda uma serie de “produtos” que de uma forma ou outra induzem ao uso e que com o tempo vão cobrando o seu preço nos usuários. Aceitamos cigarros e bebidas alcoólicas como algo “legal”. Fora a “legalidade”, temos uma lista de outras opções: maconha, cocaína, LSD, crack, etc.
Existe até quem ache um absurdo que existam proibições e punições em cima disto, mas todos nós sabemos o preço que se paga por isso. Este preço não é apenas pessoal, ele se torna familiar e também da sociedade. O ICMS que se paga pela venda de cigarros não irá pagar o custo hospitalar de uma pessoa com problemas cardíacos ou com câncer. A destruição de uma família devido ao álcool é um preço grande demais e que somente aqueles que já passaram por isso podem saber a verdadeira dimensão deste desastre. As chamadas drogas ilícitas tem o poder inerente a elas de deixar um rastro de destruição familiar que talvez só tenham equivalentes em guerras.
Além do preço pessoal e familiar, temos o custo social que tudo isto acarreta. Pessoas com problemas de drogas são com muita dificuldade desintoxicadas e reintegradas na sociedade. A falta de produtividade destas pessoas enquanto viciadas faz com que este preço seja multiplicado. Adicione-se a isto que muitas vezes a droga é porta de entrada para outros crimes, começando com pequenos furtos em casa. Existem relatos suficientes de drogados que chegaram a espancar os pais para extrair dinheiro deles no desespero de poder comprar mais droga.
Mais do que nunca temos que ter leis (e aplicá-las com rigor) proibindo a venda, uso, oferecimento, etc, de álcool e fumo para menores. Em outros países, esta é a lei e ela é aplicada com todo o rigor. Muitas vezes fechamos nossos olhos para isto sob o argumento de que são apenas jovens se divertindo. Um maior rigor se faz necessário pois apesar de toda a lei, basta darmos uma volta na rua numa noite de sábado para sabermos que ela não está sendo cumprida.
O papel das autoridades é fundamental. De nada adianta toda uma formação familiar sólida se o jovem (vulnerável como são os adolescentes) recebe o convite de “experimentar um baseado” e vai fazê-lo para acompanhar o grupo. A simples oferta de droga, mesmo que de alguém que se diga usuário é equivalente a tráfico!
Tráfico de drogas, lavagem de dinheiro das mesmas, enfim, toda atividade ligada a este negócio hediondo precisa e deve ser tratada com todo rigor, e não apenas com palavras e discursos. Um traficante é como um assassino, apenas com a diferença de que a morte virá mais lentamente e com mais sofrimento. Conhecido é o caso do brasileiro que apanhado num pais do Extremo Oriente com cocaína na prancha de surf, foi julgado e condenado a morte. Não temos pena de morte, mas certamente uma condenação equivalente a assassinato com todos os rigores da lei é o que se espera!!
Escrevo isto pensando nos jovens de hoje. Os jovens de hoje são o amanhã, e este amanhã chegará em 10, 15 anos. Se não quisermos comprometer o nosso futuro, temos que ter uma atenção especial neste ponto. Não um individuo, não uma família, nem mesmo apenas o judiciário, precisamos que todos nós paremos para refletir no custo que toda esta estória nos causa.
Particularmente aqui na Fronteira, falamos em gado, arroz, carvão, enfim desenvolvimento. Mas o desenvolvimento só pode existir com pessoas produtivas, pessoas que trabalham, que tem suas famílias, que estudam, etc. As pessoas são o ativo mais importante na contabilidade de qualquer sociedade, mais importante que qualquer matéria prima, por mais valiosa que seja.

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