Busca pela Paz
Si vis pacem, para bellum, ou seja,
se queres paz, preparate para a guerra! Um antigo ditado romano atribuído em
geral a Publius Flavius Vegetius é de grande sabedoria quando temos que
entender o significado das relações entre nações. Um aparato militar, ou seja
Forças Armadas, é algo inerente a qualquer estado organizado. Torna-se
necessário entender que a presença de um exército comprometido com o povo e a
organização política legítima de qualquer nação é via de regra uma das bases de
um regime democrático. A presença de uma força militar capaz sempre é algo paradoxalmente
inibidor de conflitos e guerras.
Desde que o homem se organiza que
ocorrem conflitos, isso milhares de anos atrás. A guerra tem sido algo
constante na história humana e apenas recentemente que se passou a sonhar com a
esperança de um mundo sem conflitos. As experiências traumáticas do Século XX
nos trouxeram a reflexão de que precisamos nos entender para podermos conviver
entre si. O Brasil, diga-se de passagem, tem sido de maneira geral, um pais que
busca a solução dos conflitos de forma pacífica e negociada. Nossas
experiências com guerras deixaram sempre a impressão de que o melhor é ficarmos
longe destas estórias. O brasileiro é por sua índole um amante da vida e do bem
viver com seus vizinhos. Tanto é assim que vivemos numa terra em que pessoas
que emigraram de países em conflito há séculos aqui se harmonizam e convivem
muito bem.
Mas isto não quer dizer que o
brasileiro tenha medo de enfrentar situações difíceis em meio a conflito
armados. Os americanos nunca quiseram reconhecer, mas os nossos pracinhas
demonstraram grande valor na campanha da Italia na Segunda Guerra. Sempre
escutamos estória de brasileiros que vivem em áreas em conflito, e estas
estórias sempre mostram o valor que carregamos conosco.
Nos dias de hoje, em que muitas vezes
o inimigo é invisível, não necessariamente um outro pais, mais do que nunca se
faz necessario termos uma força militar moderna e preparada. Um pais como o
nosso, com uma imensa extensão continental, tem mais do que muitos outros, que
estar preparado para qualquer eventualidade. A presença do exército nas nossas
fronteiras é certamente uma demonstração da nossa soberania e paradoxalmente,
do nosso desejo de vivermos em paz. Como exemplo forte disto podemos citar o
fato de que o fenômeno do narco-tráfico em países vizinhos particularmente na
região amazônica. As forças armadas são particularmente ali um braço necessário
do estado brasileiro para mantermos nossa integridade territorial. Os
traficantes só puderam ser reprimidos na Colômbia com auxílio externo, mas
certamente não se escutou falar de que ocorreu infiltração destas organizações
em nosso território e isto sem necessidade de nenhuma “mãozinha” estrangeira.
Felizmente também mais do que nunca
os militares procuram se profissionalizar nos dias de hoje. Em muitos países na área empresarial, ter treinamento militar é visto como fator positivo na
escolha de funcionários superiores pois tal experiência traz junto a capacidade
de organização, liderança, cabeça fria para situações difíceis, etc. Muito
embora a vida dita civil não seja de conflitos ou batalhas, ela traz a dura
realidade de que precisamos abrir nosso caminho no dia a dia. Particularmente a
capacidade de liderança é algo extremamente precioso para as organizações,
tanto estatais como privadas.
Um exército forte, preparado,
encaixado dentro da sociedade que pretendemos democrática e cumpridora das
leis, enfim uma organização não só garantidora da integridade do estado como
também formadora de cidadãos conscientes de seu papel na comunidade é algo
necessário para um Brasil que queremos moderno e progressista.
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