segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Busca pela Paz / Folha do Sul - 20.Janeiro.2014



Busca pela Paz

Si vis pacem, para bellum, ou seja, se queres paz, preparate para a guerra! Um antigo ditado romano atribuído em geral a Publius Flavius Vegetius é de grande sabedoria quando temos que entender o significado das relações entre nações. Um aparato militar, ou seja Forças Armadas, é algo inerente a qualquer estado organizado. Torna-se necessário entender que a presença de um exército comprometido com o povo e a organização política legítima de qualquer nação é via de regra uma das bases de um regime democrático. A presença de uma força militar capaz sempre é algo paradoxalmente inibidor de conflitos e guerras.
Desde que o homem se organiza que ocorrem conflitos, isso milhares de anos atrás. A guerra tem sido algo constante na história humana e apenas recentemente que se passou a sonhar com a esperança de um mundo sem conflitos. As experiências traumáticas do Século XX nos trouxeram a reflexão de que precisamos nos entender para podermos conviver entre si. O Brasil, diga-se de passagem, tem sido de maneira geral, um pais que busca a solução dos conflitos de forma pacífica e negociada. Nossas experiências com guerras deixaram sempre a impressão de que o melhor é ficarmos longe destas estórias. O brasileiro é por sua índole um amante da vida e do bem viver com seus vizinhos. Tanto é assim que vivemos numa terra em que pessoas que emigraram de países em conflito há séculos aqui se harmonizam e convivem muito bem.
Mas isto não quer dizer que o brasileiro tenha medo de enfrentar situações difíceis em meio a conflito armados. Os americanos nunca quiseram reconhecer, mas os nossos pracinhas demonstraram grande valor na campanha da Italia na Segunda Guerra. Sempre escutamos estória de brasileiros que vivem em áreas em conflito, e estas estórias sempre mostram o valor que carregamos conosco.
Nos dias de hoje, em que muitas vezes o inimigo é invisível, não necessariamente um outro pais, mais do que nunca se faz necessario termos uma força militar moderna e preparada. Um pais como o nosso, com uma imensa extensão continental, tem mais do que muitos outros, que estar preparado para qualquer eventualidade. A presença do exército nas nossas fronteiras é certamente uma demonstração da nossa soberania e paradoxalmente, do nosso desejo de vivermos em paz. Como exemplo forte disto podemos citar o fato de que o fenômeno do narco-tráfico em países vizinhos particularmente na região amazônica. As forças armadas são particularmente ali um braço necessário do estado brasileiro para mantermos nossa integridade territorial. Os traficantes só puderam ser reprimidos na Colômbia com auxílio externo, mas certamente não se escutou falar de que ocorreu infiltração destas organizações em nosso território e isto sem necessidade de nenhuma “mãozinha” estrangeira.
Felizmente também mais do que nunca os militares procuram se profissionalizar nos dias de hoje. Em muitos países na área empresarial, ter treinamento militar é visto como fator positivo na escolha de funcionários superiores pois tal experiência traz junto a capacidade de organização, liderança, cabeça fria para situações difíceis, etc. Muito embora a vida dita civil não seja de conflitos ou batalhas, ela traz a dura realidade de que precisamos abrir nosso caminho no dia a dia. Particularmente a capacidade de liderança é algo extremamente precioso para as organizações, tanto estatais como privadas.
Um exército forte, preparado, encaixado dentro da sociedade que pretendemos democrática e cumpridora das leis, enfim uma organização não só garantidora da integridade do estado como também formadora de cidadãos conscientes de seu papel na comunidade é algo necessário para um Brasil que queremos moderno e progressista.

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