Um Ano
Eu e a Folha do Sul estamos de aniversario. Um ano
de mudanças, de questionamentos, de desafios. Um ano de História! Durante este
ano, eu tive a oportunidade e a honra de escrever nesta publicação, de opinar e
de questionar, de sugerir e de propôr soluções.
Muitas vezes me perguntam o porque de ter vindo
para o Pampa, para Bagé!? A pergunta é sempre acompanhada de observações tais
como: “o que tem aqui?” ou expressões do gênero. Minha resposta, a mesma de
sempre, é de que o Pampa é um lugar dos mais chatos, destes bem sem ação, sem
ter coisas emocionantes... Aqui não tem terremoto, algo extremamente
emocionante. Na Califórnia foram 3 os que pude sentir, ainda bem que pequenos,
mas suficientes para dar um bom susto. Também faltam aqui tiroteios, estive em
um em Salvador, emoção a toda prova. Assaltos em ônibus merecem destaque,
passei por alguns no Rio de Janeiro. Em Israel pude assistir da minha janela o
bombardeio e tiroteio a cerca de dez quilômetros, gente se matando e morrendo por
motivo nenhum. Para fechar o “currículo”, teve também o sequestro em Salvador,
algo para ser guardado nas minhas lembranças. Para tornarmos o Pampa um lugar
menos “chato”, sugiro importarmos terremotos, assaltos, tiroteios, bombardeios
e sequestros, talvez somente assim poderemos ver o lugar maravilhoso em que
vivemos hoje, sem nada disso.
Mas não posso deixar de falar nos amigos que fiz
aqui. De todos os lugares em que estive, posso afirmar sem sombra de dúvida,
que o gaúcho do Pampa rivaliza em hospitalidade com o nordestino do interior.
Mais de uma vez, andando na calçada, fui parado por um grupo familiar, tomando
seu chimarrão numa tarde de verão, para podermos trocar algumas ideias e saber
como vai indo a vida. Conheci aqui desde as pessoas mais simples, até políticos
importantes. O traço comum é o carinho e a recepção que sempre recebi, mesmo
sendo um “forasteiro”.
Realmente sou carioca de nascimento, criado na Ilha
do Governador, no subúrbio. Morei na Bahia, em Salvador, no interior do Piauí,
em Israel, e por fim na Califórnia, de onde tomei a decisão bem fundamentada de
que queria morar em um lugar aprazível, entre pequeno e médio. Quando soube do
concurso da UNIPAMPA, fui ao Google ver algumas fotos de Bagé. Foi paixão a
primeira vista. Momento seguinte eu estava fazendo minha inscrição no concurso
e me preparando para o mesmo. Não descansei enquanto não soube que tinha
passado e se tivesse que fazer tudo de novo, eu o faria. Sem arrependimentos!
Das minhas propostas ao longo de um ano de coluna,
algumas estão hoje por ai. Temos as placas com o histórico dos lugares, temos
novas agências bancárias... Mas ainda não temos um Shopping, precisamos urgente
de uma política industrial mais firme, e também continuamos a esperar por voos
para Porto Alegre.
Como escrevi na primeira coluna e tenho repetido
sempre, minha esperança no futuro desta região é firme e forte. Todos os
ingredientes para um grande avanço para o futuro estão prontos para serem
servidos. Termelétricas, Polo Carboquímico, Cinema, Centros de Ensino
Universitário e de nível médio, Institutos de Pesquisa. Enfim, todo o tipo de
oportunidade está bem na nossa frente, acontecendo ou prestes a acontecer no
futuro próximo, dependendo somente de nós mesmos.
Mais do que nunca, fico feliz de estar morando no
lugar que escolhi e de ter o carinho e o respeito das pessoas que conheço, que
considero como amigos e irmãos, e que me acolheram como se daqui fosse, e onde
pretendo ficar.
Apenas ainda não me decidi entre o Grêmio e o
Internacional. Talvez acabe me decidindo mesmo é pelo Guarani ou pelo Bagé!!
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